
Fresca manhã de julho...
Este vício de olhar pela janela, não muda em mim...
(Gosto das janelas,
elas são o medidor do meu estado de espírito).
"Janelas da alma" ,
Que me dão calma ,
São quase um abrigo...
Abro a janela, olho para fora,
O verde, lençol de brisa (coqueirais...),
Nos campos as flores,
Montanhas, pastos,
Penso, revivo,
O vento sopra neste céu de cinza cor,
Deste quase inverno.
Café com chocolate...
Penso na vida,
Enquanto mergulho nesta nostalgia...
Por entre a cortina da chuva fininha
Que suavemente cai...
Remeto-me a pensamentos distantes,
São sombras suaves de um breve tempo,
Que agora passam por mim,
Como um sonho...
O tempo se arrasta como uma serpente,
Sorrateiro e sempre...
Café com chocolate,
Ausências, saudades...
Perfumes no ar...
O frio me invade,
Tem muita saudade neste meu olhar...
(Ednar Andrade).