Dançam folhas,
Dizem versos
E eu esqueço
A dor do tempo.
Esqueço de lembrar
O desencanto
Neste balanço
E encanto.
Que a morna tarde
Me dá.
Murmuram as ondas
E o canto de sal,
Vindo do mar
E o meu coração atento
Descansa neste velejar.
A vida é verde
Nesta ilha azul,
Onde a dor se esvai
No meu canto azul.
Mata quem me mata
E desmata os sonhos
Que silencio.
São como afagos
Na minha pele
Ansiando pelo sol perdido.
Todos repousam
Em diversas cores
E sonhos,
Mas eu bebo,
Na taça,
Um brinde calado
Ao que permanece vivo.
E quero
E espero
Em tardes
E pores-do-sol.
- lentos sóis -,
Serenas noites
Antes, nunca,
Tarde.
(Ednar Andrade).
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