Paredes brancas,
Luz por toda parte.
Não fora a realidade,
Seria cenário e arte.
Olhar no chão
As pedras
Assim distribuídas
Como um tabuleiro
De jogo de damas,
Jogo da vida,
Jogo de dor.
Imaginário mundo
Incandescente
Como um palco,
Ergue a sorte,
A bandeira que dita
A morte, a morte das ilusões.
A morte, maldita sorte,
Surte um efeito indesejado
E pés descalços e cansados
Andam de um lado para outro,
Buscando um jeito perdido
De encontrar o certo, o errado.
Jogo de damas, jogo da vida.
De que é feita esta luz
Que irradia falsa fama
E oferece, em taça de cristal,
Vinagre, fel e sal?
(Ednar Andrade).
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