sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Apenas um crânio?





Quando o presente for ontem,
Quando as lembranças da "vida" forem, 
No futuro, presente,
O presente muito ausente
Será apenas a mente 
Que ri ou chora, suponho...
Quando sombras já retidas 
Do meu agora forem sonhos
Já não sei se minha mente
Será (apenas) um crânio...
Quando falo em tudo isto,
Isto pra mim é estranho;
Não tenho medo, não fujo;
"Nada é eterno", alguém disse e eu confirmo:
"É um sonho"
"Passamos a vida dormindo
E vivemos um incerto sonho..."
Quando tudo já for cinzas, 
o meu passado medonho
Me fará grande surpresa 
descobrir que o ontem é hoje.


(5/7/1982)


(Ednar Andrade)*****



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