sexta-feira, 28 de maio de 2010

A Cara do Dia




Acordei, e como quem faz um texto; abri minha janela.
Rsrs... E lá estava ele; o Sol, lindo para mim, sorrindo...
Ai! Meu Deus!
Que alegria! Que contemplação!
Tão lindo!!! Iluminando a vida, iluminando o céu...
Me dand0 a certeza de viver para esperar... E crer, no amor.
Para respirar a poesia que há... Nesta manhã;
Intenso e quente como o fogo;
Vermelho como a paixão que há no amanhecer dos apaixonados;
Mágico como o coração dos encantados;
E tão secreto como o coração dos poetas que vivem um amor pagão.
Uma sede, um afã, um desejo, um beijo,
O Sol que é tudo: vida ou morte.
A vida vista da janela.
Meu dia claro, minha paz,
Mesmo sem razão, minha fé,
Meu raio de Sol,
Minha janela de onde vejo a vida.
(Aqui, deste cantinho, assisto)
Da saudade, a fresta.
Aqui do meu canto assisto este espetáculo que o Sol me desperta.
Respiro...
Fico feliz, pura emoção;
Este aconchego entre nós e a natureza.
Minha dúvida não tem certeza;
Meu sentimento, razão.
Já que para ser feliz não preciso dela... Rsrs
Razão, razão para que?
Eu quero é viver, amar.
Amar da forma que sei...
Ser feliz e gozar da felicidade de pertencer à poesia
E ela a mim pertencer.
Se sou louca ou desvairada não sei, não quero saber.
A vida e o tempo já não cobram de mim nada que não tenha dado, sentido ou doado.
O amor, este me rega as veias de uma forma sem tamanho.
Busco sempre encontrar o calor da minha verdade
E ela é tão ardente que me inspiro no Sol
E a comparo com a minha vida;
Meu maior deleite nas manhãs:
Abrir a janela e deixá-lo entrar;
Entrar e aquecer.
É como um soluço incontido,
Sai da memória manhãs tão lindas...
Olhando por sobre as janelas,
Vejo as montanhas altas de verdes,
Paraíso que é chamado, por ser assim, de Sol.
Me encanto, me encanta e canto
Em notas que desconheço
Esta música matinal,
Que me dá de presente tanta melodia e prazer.
Sou amante do Sol, sou a própria Lua
Que neste alvorecer fica nua
E vestida de tanto sentimento...
Viagem de emoção;
Minha respiração muda
E meu coração se contrai com mais força e compreensão
E penso numa canção do Roberto, onde ele canta: “Além do horizonte”.
Sorrio, faço um tour, vou até o meu paraíso,
Onde a passarada com alegria certamente desperta e canta.
O Sol, sempre tão belo,
Meu mensageiro do amor...
Minha, quase sempre, inspiração;
Eterna e doce visão.
Talvez, por isto, eu goste tanto das janelas...
Pois são elas a moldura das manhãs...
Aurora boreal, temporal ou arco-íris.
Mas eu, daqui, assisto ao Sol que me deixa tão excitada e sonhadora...
Do Sol, amante;
De calor, plena.
Olho em volta, tomo meu café feliz.
Nesta manhã em que meus olhos despertam, assisto tão belo cenário.
Obra de Deus;
Fruto da vida;
Excelência da natureza.
Vivo em meu ser, és magnífico, és o rei da manhã,
A fotografia real do Universo; da minha visão, meu pomar de luz,
Transbordante de raios que cintilam dentro e fora do meu peito;
Festa do meu olhar; oração que digo em silêncio;
Minha paisagem divina; meu Sol.
A cara da manhã.

(Ednar Andrade).