O que me mata de sede,
É aquela gota de luz que emana do teu olhar
É aquele riso maroto que mais parece o mar...
É aquele não sei que, que me despedaçam os rochedos...
Não é o teu silêncio que me faz gritar;
O teu grito mudo é que me faz parar
Para ouvir os sonhos
Para mirar no céu infinito as cores azuis das escuras noites...
Me encanto deste poema que há em ti, leve flutuo...
Perco-me no descuido de te desamar,
De te esquecer, esqueço mais...
É daquela estrela que pintastes com letrinhas
Que fiz um rosário
E pus no coração como batidas...
São destas contas feitas os meus pobres dias turvos
E de sorrisos lúdicos, os meus loucos sorrisos por ti: Sol-risos...
E quando o calendário do tempo ficar tão velho
Que ao tocar desmanche-se
Ainda assim faremos dele, confete que, levado pelo vento,
Encherá de pontos coloridos, o mundo.
(Ednar Andrade).