quarta-feira, 25 de abril de 2012

Outonais...



Tudo bem,
Não há tristezas, nem mágoas.
O céu está nublado, pintado de chumbo,
Sem estrelas, nem luar...

Mas a poesia, beija a noite e aquece.
Hoje nenhuma estrela brilha,
Nem a lua prateia minha saudade.
Uma música suave, em mim, sempre será plena: Ave Maria...

Silencio e descanso...
Ouço na noite dos grilos o canto,
Final do dia, de abril tardes outonais
As noites descem lentas como um manto.

Sussurros nos ventos,
Nos amantes corações; amores...
Sépias, rubras, quentes cores,
São as noites, o outono no final...

(Ednar Andrade).