segunda-feira, 28 de março de 2011

Hoje


 

 
Hoje, especialmente por me sentir incrivelmente sensível e covarde, tentei escrever poesia, na tentativa de me sentir melhor.

 
Na tentativa de fazer dar sentido a alguma coisa... Tentei brincar com palavras, encontrar formas de expressar minha frustração, mas não encontrei nada, só um mar de letras que não dizia nada... Fiquei louco, em desespero por me sentir tão vazio... Sem saber como fazer para não sucumbir, resolvi olhar ao redor e me vi em barco cheio de pessoas que, como eu, não sabiam para onde ir... Olhei para cima e vi um capitão, resolvi subir e perguntar para onde estávamos indo e ele me respondeu com os olhos envergonhados e com a boca seca... Para onde devemos ir? Percebi que não estava perdido sozinho, percebi que muita gente como eu não tinha uma direção... Mas, como ouvi dizer, está perdido também é caminho... Mas não quero estar tão perdido... Em uma nova tentativa por um caminho por mais estreito que seja percebi que meu desespero por uma razão me distraiu e fez com que me perdesse... Notei e anotei na palma da minha mão para não esquecer que meu desespero me desorienta e cega... Não quero mais seguir, porque quando anseio e grito por resposta fico surdo e não escuto o chamado da vida... Na tentativa louca de enxergar, fico cego, porque ansioso olho para todos os lados e perco o ínfimo e grande detalhe; aquele que faz toda a diferença e define o caminho.
 
...Na tentativa de enxergar um grande caminho, perco a visão da fenda que leva a algum lugar. Não quero mais seguir a direção, meu desespero e sede de vida... (Prefiro o silêncio...). Talvez, com ele, eu fique atento e escute alguma coisa...

(Andrey Jack Andrade).

Los colores imposibles de la tarde



Si tuviera que elegir
prefiero la distancia,
los colores imposibles de la tarde.
Prefiero estar perdido en medio de mis sueños.
Si tuviera que elegir,
elegiría tu silencio de amor que nunca llega.
Así no me recordarás a nadie.
Si tuviera que elegir
preferiría la carne de tus labios,
esa mezcla de futuro y de agonía,
ese puñal suave que me clavas
y que yo tan pronto olvido.

(Antonio José Mialdea)

Um poema


A noite cai lentamente,
Como um manto... Que me cobrirá de "silêncios..."
Cai lentamente.... A noite
E o meu coração dirá um poema
Que cantarei até que o sono me envolva
E eu adormeça para contigo sonhar.

(Ednar Andrade).