sábado, 5 de maio de 2012

Pálida



Branca e pálida,
Olha-me;
Olho eu para ela,
Tão linda,
Tão nua
E tão só.
Invade a noite,
Afronta
Os segredos
Dos quintais,
Embrenha-se
Nas frestas
Das mais desertas
Matas.
Invade
Paixões,
Faz brotar no peito
Saudades.
Prateia e pinta
De poesia,
Dos desolados,
O coração.
Nem cupido,
Nem vilã,
Nem minha,
Nem tua,
Do céu,
Da noite;
A Lua.

(Ednar Andrade).