quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

É Verão






Quantas vezes eu disse: "É verão"
A estação mais bela do ano
É quando as manhãs e as tardes são da cor do Sol
E as noites frescas...
Verão é uma estação, assim como a Primavera,
Onde os amantes sonham e vivem
Romances com cara de novela
 Onde os namorados passeiam de mãos dadas.
Aqui, na praia, acontecem as grandes paixões
Os corações, assim como os vulcões, acordam
Os velhos passeiam rebuscando, quem sabe, um tempo
Onde não tiveram tempo de serem felizes...
A minha alma assume uma cor dourada.
Fico feliz e enamorada da vida,
Do mar, das noites...
Ás vezes sinto uma saudade morna
Que não me incomoda,
Me faz rir...
Faço longas caminhadas,
Como que catarses
Assim como quem faz um reparo,
Um conserto em algo que quebrou
Ou como um escultor
Que busca lapidar a obra
Ou quem sabe achar a perfeição:
Perfeição, palavra que não existe!
Palavra que não busco.
É verão... Aqui da areia assisto
Um céu colorido de aves gigantes
São Parapentes
E tudo isso por que é verão
As noites se iluminam,
As casas silenciosas ganham vida.
Aqui vivo uma grande felicidade
E me misturo à natureza
E me embriago do perfume do mar...
A vida não tem pressa;
A festa vai começar: é verão!


(Ednar Andrade).

Ah! o amor...



Imagem por Cris Kowalsk

Quem dera o amor não fosse um sentimento e sim uma equação matemática:
Eu linda + você inteligente = dois apaixonados.

Mas não funciona assim.

Ninguém ama outra pessoa pelas qualidades que ela tem.

Caso contrário os honestos, simpáticos e não fumantes teriam uma fila de pretendentes batendo à porta.

O amor não é chegado a fazer Contas, não obedece a razão.

O verdadeiro amor acontece por empatia, por magnetismo, por conjunção estelar.

Costuma ser despertado mais pelas flechas do cupido que por uma ficha limpa.
Ninguém ama outra pessoa porque ela é educada, veste-se bem e é fã de Caetano.

Isso são só referências.

Ama-se pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que o outro lhe dá ou pelo tormento que provoca.

Ama-se pelo tom de voz, pela maneira que os olhos piscam, pela fragilidade que se revela quando menos se espera.

Amar não Requer conhecimento prévio nem consulta ao SPC.

Ama-se justamente pelo que o amor tem de indefinível.
Milhares existem aos honestos, generosos tem às pencas,

Bons motoristas e bons pais de família tá assim, ó ...

Mas ninguém consegue ser do jeito que o amor de sua vida é ...


Simplesmente maravilhoso!

(Autor desconhecido).

A cegueira do amor




Todos os sentimentos dos homens, reunidos num lugar da terra, tiveram uma idéia:
Vamos brincar de esconde-esconde?
A curiosidade sem poder conter-se perguntou:
Esconde-esconde?
O que é isso?
É um jogo, explicou a loucura, em que eu fecho meus olhos, conto até 100 enquanto vocês se escondem.
Quando eu terminar começo a procurá-los, e o primeiro que eu encontrar ocupa o meu lugar no jogo.

O entusiasmo dançou, a alegria deu tantos saltos que acabou convencendo a dúvida e até a apatia, que nunca se interessava por nada.
Mas nem todos participaram.
A verdade preferiu não se esconder.
A soberba opinou que era um jogo muito tolo e a covardia preferiu não se arriscar.

Um, dois, três...
Começou a contar a loucura.
A primeira a se esconder foi a pressa...
A fé subiu ao céu e a inveja se escondeu atrás da sombra do triunfo, que com seu próprio esforço tinha conseguido subir na copa da árvore mais alta.
O esquecimento... Não me recordo onde se escondeu...

Quando a loucura estava lá pelo número 99, o amor ainda não havia achado lugar para se esconder...
Até que encontrou um roseiral e decidiu ocultar-se entre as rosas.

- 100! Terminou de contar a loucura. E começou a busca. A primeira a aparecer foi à pressa.
Depois escutou a fé...
Num descuido encontrou a inveja e, claro, pôde deduzir onde estava o triunfo.

A dúvida foi mais fácil ainda.
Encontrou-a sentada numa cerca sem decidir em que lado se esconder.
E assim foi encontrando a todos:
O talento, nas ervas frescas;
A angústia numa cova escura...
Apenas o amor não aparecia.

Quando a loucura estava quase desistindo encontrou um roseiral, pegou uma forquilha e começou a mover os ramos.
No mesmo instante ouviu-se um doloroso grito.
Os espinhos tinham ferido o amor nos olhos.
A loucura não sabia o que fazer para se desculpar...
Chorou, rezou, implorou e até prometeu ser seu guia.

Desde então o amor é cego e a loucura sempre o acompanha.



(Autor desconhecido).