domingo, 16 de setembro de 2012

Desaporta



As horas mortas
Que penso em ti
São como fardos,
Oh! Vida tola!

Teus rios mortos
São leitos frios, tortos...,
Onde correntes
Ao nada levam...

Os dias vagos
De águas tortas,
Sortes, torturas
Te batem forte.

És nau, és não,
És hoje, amanhã talvez.
Oh! Vida! Oh! Porta!
O que importa, desaporta.

Vem, nem sei se volta.
Teus “sims” - nunca sãos -
São badaladas,
Interrogação.

(Ednar Andrade).