quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Quase vinte e quatro



Corre no meu sangue
Um cheiro de veneno.
Vinte e três segundos mais
Sinto um germe
No meu cérebro.
Inquieta, tola, pateticamente
Canhota.
Um tique-taque na boca
Ou no pé, uma mensagem idiota
Atravessando o ouvido
E... Como de tudo duvido,
Egoísmo, possessão, não sei.
Quem sabe é insegurança? ...
Vinte e três e já não sei,
Talvez quem sabe na cama,
Essa coisa vai passar...
Seria bom dormir, sonhar...
Sonhar... Acho... Bom! (...)
Deixo escapar um flagrante
É o inconsciente safado.
Aqui todo enciumado...
Bobo, tolo, a mesma coisa.
Ai quanta besteira!
Ninguém tem nada,
Com nada.
Já é quase vinte e quatro,
Pra que essa confusão... (?)

(03.08.1984).
(Ednar Andrade).