quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Para Jarbas Martins*


Sol*

Mar a vista,
Verão no ar... 
No céu a tua 
E todas as paixões ,
Quietudes e paz...
Sor-verão*

(Ednar Andrade).

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Nostalgia


Fim de tarde, há sempre o que agradecer.
O que lembrar, uma canção antiga,
Ave Maria!!... Ave...
Um perfume que ficou , uma saudade amiga,

Aquele gesto que silenciou,
O adeus que não se pode dar...
O milagre do dia,
Uma estrela a brilhar...

O silêncio da prece e a nostalgia...
Uma dama da noite seu perfume doa,
O amor que se recria,
Como suave brisa, leve encanta...

O sino que anuncia badaladas de agonia,
O fim da tarde,
Mais um dia,mais um dia...

É NOITE*

(Ednar Andrade).

sábado, 17 de dezembro de 2011

Verdades

    
“In Vino Veritas. E la Vertà è nuda …”, 2010 Milo Manara.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Natal


E... na estrela o brilho,
No homem o amor;
É Natal!

(Ednar Andrade).

Sutilezas



No silêncio da flor;
O zumbido da abelha...
Um fio de luz, é fresta na telha.
Canção que faz sonhar... É;

Badalada do sino.
Vida, jogo, cassino.
Ladeira a baixo, rio (Rs),assino...
Sutileza de pétala,

Encanto de amor,
Escuro breu, amor no cemitério...
Silêncio, cachoeira, desatino,
São fatos, infartos, segredos.

O açoite do chicote na saudade,
Os olhos verdes do gato negro.
Olhar de tigresa, uivo de lobo,
O verso verde, a noite invade*

(Ednar Andrade).

Palavras...


Uma gota de silêncio,
Nela um grito.
Uma palavra, ou,
... Só duas palavras.
Aquelas...
Estas.(!)

(Ednar Andrade).

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

... O que conta



Como conta-se um homem bom?
O que ele conta?
O que ele tem na conta?
O número de sua conta?
Ou o que para ele conta?

(Ednar Andrade).


Fio


Um fino fio,
Com-fio, afio.
Navalha, espelho, calma.
Cortes, desafios...

Nau, bem e mal.
NUVENS, NEBLINAS...
Olhos d'água,
Espelho de minh'alma...

Abrolhos, cama de espinhos,
A fino frio, desse veio, és rio. 
Sem medo, distante, aqui, presente.
Pulsando....

(Ednar Andrade).

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Um poema doce*


Hoje
Quero a paz e o silêncio das lagoas
Aquela flor que entre pedras e destroços sobreVIVE-
Quero o balé das palmas do coqueiral

As músicas dos mensageiros dos ventos;
Aleatórias e belas...
Ah!!!...(...)
Quero o amor sincero de três belos sorrisos,

Das certezas apenas uma.
Dos aplausos, só o final...
Hoje, poder olhar o infinito e achá-lo verde.
Pintar todas as flores de lilás...

Seguir o horizonte, guiada apenas por estrelas...
Olhar de noite o céu e tomar banho de luar...
Brincar de amarelinha no quintal
Desenhar com pedrinhas do mar, o meu caminho...

Navegar despreocupada no azul do meu sonhar,
Andar descalça e rolar na areia de água e sal.
Fazer um barquinho de papel>>>>>>
... E ao amor enviar minhas mensagens...

Amar o que é lindo e o que às vezes me deixa triste.
Hoje, sinto-me como as borboletas,
Sem mágoas, livre, feliz,
Como as crianças, crer em Papai Noel (Rs*)

Nesta manhã, com cheiro de Natal,
Fazer um poema doce; vestir-me de branco;
Doar uma chuva de flores;
Dar o meu melhor sorriso...

*É NATAL... *

(Ednar Andrade).

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Poesia nua

    (Tela de Raphael).

Quem viu nua a minha poesia?
- Tu, somente tu tocastes com as pontas dos dedos
O sentido de cada palavra,
A menor gota de silêncio de cada verso.

Quem viu a festa em meu olhar
Quando a chuva caiu
Surpreendente e sorrateira?
- Tu somente, tu.

Quem viu que o meu verso não mente?
Diz somente e tão-somente
O que a alma sente?
- Tu, somente tu e mais ninguém.

Quem bebeu comigo em graciosas taças
O vinho transparente de cada palavra presente
Na poesia que vomitei?
- Tu, somente tu.

Mão que segura a minha;
Olhar que vê o meu contente;
Tu que ris comigo e silencias
Quando choro.

(Ednar Andrade).

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Sussurros...




Minha alma te adivinha,
Teu silêncio clama... Por nosso silêncio...
Sei que noite a dentro, baixinho, meu nome, chamas, 
Em chamas, sussurras, reclamas, 

A falta da tua boca na minha, 
Sei também que meu nome,
É tua oração antes de dormir, quando dormes...
Que tuas mãos procuram em vão as minhas,

Teu querer te queima a cama...
...E atravessa o mundo, Soltando um grito 
Que me traz o vento,
Me incendiando de desejo e dor....

Sinto que em teu gemido de saudade,
Somos,
Somamos,
Amamos, meu amor, INFINITO AMOR.

(Ednar Andrade).

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Ouvindo o mundo

Trabalhando,
Olhando
E ouvindo o mundo...
Em movimento e verso...
Ávida,
A vida segue...
Sem pedir parada.
...Avanço
...>>>>>>>>>>>>
Com farpas ou flores ,
Na vida, pisamos ,
Ou ela pisa-nos-os sonhos,

 

Os planos...
Vela ao vento,
Barulhenta  e companheira,
Como a sombra nossa...
Desejada, como a felicidade 
Às vezes tem asas quebradas,
...Despenca das fantasias...
Como um maduro fruto,
Que cumpre seu tempo...
...E TEM SABOR MÁ-DURO...
Leve, como o vento...
Interrogativa como o escuro.
Surpreendente; como o que numa caixa há.
...?!!!!

(Ednar Andrade).

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Passastes

    (Francesco Furini).

Mas, agora, já não és...
Não hás..
Não vais... Nem tens...
Apenas estás...
.
Sem boca,
Sem mãos,
Sem razão...
Passastes...

Segues...
Cega,
Sem calma,
Sem riso,

Para que razão?
Só o medo,
A dúvida,
Ingratidão.

(Ednar Andrade).
26.09.2011).

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Cá pensando...



Cá ,pensando agora...

Primavera*

"Uma manhã musical"...

As flores também embriagam...
Parece...
Os poetas ficam felizes, amam mais...
Sentem mais saudades,
Choram mais ou menos?( )
Olham mais para dentro de si...
E,mais para fora...
O sentir flui a-flora
Declaram seus amores...
Alguém con-corda?
Ou, correntes,...( ?)
Isso não importa,
"O amor é estar-se preso por vontade",
Disse Camões*
...E os corações dos poetas;
Escancaram as portas.

Beijos, poetas.......

(Ednar Andrade).




quinta-feira, 22 de setembro de 2011

A uma deusa



És realmente Deusa,
No corpo escultural de mulher.
Mas, não te disse
A qual credo pertences…
Não és católica,
Nem muçulmana,
Muito menos budista.
Pertences ao panteão grego,
Talvez maia
Ou quem sabe asteca,
Onde os deuses
E as deusas
Viviam entre os mortais,
Desfrutando das delícias,
Das experiências mundanas.
És minha Afrodite,
Minha Xochiquetzal,
Deusa, com certeza,
Deusa, mas sem templos,
Sem distanciamentos…
Ah não! Não suportaria
Só te adorar!
Deusa, para ser venerada,
Mas para ser amada,
Deusa do meu amor!
E do meu altar!
Deusa Ednar!

(Danclads Lins de Andrade).

Veneno



Ai, o amor...
Veneno que faz viver...
"Só os que morrem dele ,
Vivem".

Só os que bebem seu sabor, 
Sabem que não é tão  doce...
Só os que buscam sua luz, 
Sabem do seu escuro.

Só os que trilham seus caminhos,
Acham-se perdidos,
Desencontram-se perto,
Abraçam-se de longe...

Sorriem-se,
Sonham-se,
Querem-se,
Amantam-se dele.

Vivem... Matam,
Morrem... Matam-se
Acreditam-se (?)
Sonham...

Só os que dele tem sede,
Buscam, sorvem,
Fartam-se
Dos seus ais e uis... Ai,o amor...

(Ednar Andrade).
(22/09/20011).

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Estação da vida

    (Arquivo pessoal).

Passou o inverno
E a solidão dos bosques.
Agora, a Primavera
Enfeita a vida
E a solidão dos jardins
Nas noites escuras.
Passou o inverno
E as roseiras engravidam-se
De botões de flores.
Flores tão belas, rosas,
Azuis, amarelas.
Cálidas, silenciosas
Com seus perfumes,
Fazendo poesia,
Inspirando sentimentos.
Passou o inverno
E a solidão do verde
Ficou acompanhada
De pontinhos coloridos,
Porque é Primavera.
As borboletas namoram
No meu quintal.
É tudo lindo.
A vida desperta,
Os pássaros fazem festa,
Acordo sorrindo.
Primavera, afinal.

(Ednar Andrade).
(12.09.2011).

domingo, 11 de setembro de 2011

Final de domingo


No céu,
A Lua invade
Meu quintal.
Acaba o dia.
Morna, fica a tarde.
Olho para o verde,
Para as flores,
Para o silêncio
Que agora se faz.
Algo que não chega
A ser tristeza,
Mas um cheiro
De melancolia
Na minha alma,
No meu corpo,
Tudo silencia.
Final de domingo.
É como o fim de uma festa.
Quando as mesas ficam vazias,
Quando todos se vão
E uma quietude desafinada
Bate de encontro ao meu peito.
Já disse: - não fico triste, fico pensativa,
Taciturna, distante, numa viagem só minha.
Os risos se vão. Um a um silenciando
Em cada despedida,
“Em cada acelerar de motor”.
Reflito. Olho em direção do céu:
É noite e um manto denso e prateado
Agora me banha e borda as minhas flores de luar
E meu jardim é como o meu coração: feito de flores
E sentimentos mudos.
São tantas as perguntas,
São tantos os não-entendo, os não-sei.
Parece que o mundo desaba em mim
E dos meus olhos rolam cachoeiras
De águas limpas e salgadas;
São mágoas ou não sei se apenas dor.
O silêncio brota numa canção verde,
Num murmúrio, num balanço, no som das águas.
Sou feita de amor; fui feita para amar.
A Lua, ela continua a me olhar, tão fria,
Tão branca, pálida como eu.
A noite avança, despeço-me
Dos doces sorrisos das minhas crianças.
São meus anjos, minhas estrelas
A me mostrar que no amargo,
Ainda há o sorriso doce em cada um. 
Um beijo sincero; um ir e querer ficar.
Meus anjos iluminados: Bruna, Júlia.
No amor, ainda creio (em vossos olhares).
Também sou criança que ama os beija-flores,
Que  olha as estrelas, adora o luar.
Silêncio. É tarde. A noite é calma,
É poesia de dor e sonhar.

(Ednar Andrade).

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Encontro de amigos no lançamento do livro do nosso querido Marcos Silva



    Da esquerda para a direita: Tácito Costa, Marcos Silva e Da Mata.

    Da esquerda para a direita: Denise Araújo, 
    Anne Guimarães e Ana Júlia, Tácito Costa, 
    Danclads Andrade, Ednar Andrade, 
    Marcos Silva, Da Mata, Júlio Ricardo 
    E um amigo do Marcos.

    Da esquerda para a direita: Denise Araújo, 
    Danclads Andrade, Anne Guimarães, 
    Tácito Costa, Ednar Andrade, Ana Júlia, 
    Marcos Silva, Da Mata e um amigo de Marcos.

    
    Aliança Francesa, lançamento do livro: Rimbaud etc, história e poesia.


quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Meus passos


Venho de uma estrada longa,
Onde meu tempo não media,
Das minhas pernas, o tamanho
E os meus passos mediam
Os sonhos.

(Ednar Andrade).