quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Coisas do mato


Fiz uma fogueira.
Nela, para perfumar,
Coloquei côcos...
Hum...
Costume, ritual  para festejar a noite.
Coisa de quem mora no mato,
São coisas tão simples...
Perto da fogueira pus  uma cadeira
E ali fiquei... A pensar em tudo 
Que  tão poucos vêem e tão poucos têm...
Pus-me a olhar  a dança do fogo...
Fumaças como serpentinas
Roupas no varal... Valores sem preço
Vida de índio,
Sorri (...)
Os pirilampos  dançando na noite,
O belo... E este cheiro... Para mim... Felicidade...
As chamas feito bailarinas...
Perfumando o mato
Faíscas,
Fumaça,
Cheiro  de lenha...
Meu pensamento...
Noite, na escuridão vagueia
Cortina de  saudade...
Fim de tarde
QUIETUDE...
Cinzas...
...E
Chama...
Sentimento vivo.
FELIZ SOLIDÃO
Rede na varanda...
Fogo violão...

(10.02.2011).
(Ednar Andrade).