domingo, 31 de julho de 2011

Tristeza doce


Me bateu uma tristeza,
Em volta olhei a mesa:
Bananas, canela e açúcar...
Eis aqui um poema doce.

Receita  para não sofrer... Rs...
Corte as bananas,
Açúcar-"misturinelas"
Não esqueça: por canela.

Depois, leve ao fogo brando...
Vá fazendo da dor um verso,
Que a vida fica docinha...
...E O REVERSO UM VERSO...

(Ednar Andrade).

sábado, 30 de julho de 2011

Agosto

   William Blake - Fiery Pegasus

Vem montado em um cavalo forte,
Vestindo surpresas, espalhando lendas...
Em redemoinhos, fazendo festa,
Vem, soprando a orquestra

Dos varridos sonhos,
Seresta nas frestas,nas noites longas
E uivantes lobos...
No chocalho das cobras... Esvoaçante crina.

Vem, em forma de azar,no jogo de amar,
No desencantar de um sonho errante...
Feliz cavalgar nas luas do luar,
No  credo do medo, dos bruxos ou lílites.

No  amor dos amantes
Nas tardes molhadas, tu és ventania.
A primavera, tu vens  anunciar,
Teu nome é  encanto...Teu nome é sonhar 

(Ednar Andrade).

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Amor Perfeito



O meu amor vê teu amor assim
Assim como um jardim
De flores novas
Por teu amor
O meu amor sem fim
Plantou dentro de mim
Um "pé de trovas"
E cada verso
É um botão de flor
Anunciando o amor
A primavera
Que faz do tempo uma quimera
E a nossa vida mais sincera
E o nosso amor, um grande amor
Teu coração
Jardim dos meus jardins
Me cobre de jasmins
Cravos e rosas
Meu coração
Teu carrilhão de sons
Te enfeita de canções
Versos e prosas
Cada canção é feito um beija-flor
Beijando o meu amor
Em nosso leito
Fazendo um ninho em nosso peito
Um ninho amor, de amor perfeito
E desse amor
Perfeito amor...

(Composição: Ivor Lancellotti / Paulo Cesar Pinheiro).





terça-feira, 26 de julho de 2011

Invasão


Às vezes o amor
Me chega como uma tempestade;
Queima, arde, invade...
Faz alarde ou mudo;

Como um vulcão  que desperta em chamas... Chega.
...E INDIFERENTE  DEVASTA O "DENTRO" ...
Do meu- ser-
Toma meus sentidos, desperta-me a euforia..

Depois de queimar tudo, 
Ainda pisa nas cinzas ,
Deste meu desabrigado  coração...
Fico como uma ré detida,

Dispersa, deitada sobre a dor... Desta  tortura
Como um ditador, ele vai e vem...
Em outas me chega sussurrando...
QUASE GEMENDO  DE TANTO SENTIMENTO E SAUDADES...

Pede para entrar,
E faz morada,
Fica e demora... Como se para sempre fosse
Cedo, noite, já bem tarde...

(Ednar Andrade).

Aviso{0}
Esta mensagem é muito grande para ajustar-se à sua tela. Mostrar toda a mensagem
http://secure.wlxrs.com/$live.controls.images/is/invis.gif
{3}
{0}
Favorito
{2}
http://secure.wlxrs.com/$live.controls.images/is/invis.gif {0}
http://secure.wlxrs.com/$live.controls.images/is/invis.gif {0}
http://secure.wlxrs.com/$live.controls.images/is/invis.gif
{3}
{0}
{2}

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Eu


Estou morta:
 Em mim...
Não escrevo,
Mas penso...

Penso tanto...
Não canto,
Nem me encanto,
Também não bebo pranto

Destilo alma,
E desencanto...
O que vem de mim é uma sombra
É um "sem riso".

Estou mar, estou profundo...
Sinto-me fora do mundo
Mundo- IMUNDO,
Pano sem fundo, abismo sem fim,

Nem começo,
Mundo...
Apenas como uma pena, flutuo...
Não estou triste,

Estou – só - "comigo".
Pisando areia...
Com pés descalços,
Sem pressa,

Eu.
Pele molhada,
Água & Sal..
Cabelos ao vento,

Sossego solto...
Liberdade,
liberdade...
A dor morreu.

(Ednar Andrade).

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Tarde azul


Silêncio é uma palavra que pinto de verde  
Para chamar de paz meu céu azul.
Paz é uma nuvem clara
Numa tarde cinza e fresca de inverno...

Inverno é uma estação aconchegante...
Pausa para pensar...
O vento é carícia e verso...
As mãos nos cabelos, um afago... Sorrio,

Uma taça de vinho
Ou uma xícara de chá,
Um café com leite...
Uma espreguiçadeira,

Um casaco de lã... "Lilás”
Envolta no edredom
Uma antiga canção, "um dia frio..."
Rever fotografias, tomar chocolate quente...

Silêncio, onde repouso o meu olhar
No balé colorido dos beija-flores e das borboletas...
Que dançam sobre as flores molhadas do campo
Numa dança sem igual, festejando a natureza

Mãe minha,
Meu eu em efusão,
Minha festa, minha rima; 
Terra, poesia sossego e vida.

Silêncio...
Ouço a voz que vem dos rios...
O canto das aves é minha prece...
Minha eterna oração.

(Ednar Andrade).



Homenagem

   Meu amigo Bruno Wittwer, primeiro da direita 
    para a esquerda e demais atletas na seqüência.

Homenagem ao meu grande amigo Bruno Wittwer que, ora, encontra-se em seu país (Suíça), tendo sido homenageado, juntamente com seus companheiros (ex-jogadores do Futebol Clube Sirnach Stella).

Justa homenagem ao meu amigo e atletas da época que levaram tantas alegrias à sua cidade de Sirnach, na Suíça.

Parabéns a todos os ex-atletas.

(Ednar Andrade).

terça-feira, 12 de julho de 2011

Soneto Antigo


Responder a perguntas não respondo.
Perguntas impossíveis não pergunto.
Só do que sei de mim aos outros conto:
de mim, atravessada pelo mundo.

Toda a minha experiência, o meu estudo,
sou eu mesma que, em solidão paciente,
recolho do que em mim observo e escuto
muda lição, que ninguém mais entende.

O que sou vale mais do que o meu canto.
Apenas em linguagem vou dizendo
caminhos invisíveis por onde ando.

Tudo é secreto e de remoto exemplo.
Todos ouvimos, longe, o apelo do Anjo.
E todos somos pura flor de vento.

(Cecília Meirelles).




Tu


Tu não me revelas quem és...
Sinto uma forte presença 
Nas tuas palavras;
Pareces com o meu amado quando recitas,

Quando me abordas...
Mas... Não creio que sejas ele...
Ou que, ele seja tu...
De toda forma,

Tens uma poesia linda...
Que desfolha...
Como uma flor que o vento sopra,
E sais, assim, dizendo versos...

Que encantam... Embalam e dão luz às vidas.
Numa feliz tarde soprada pela brisa
Que sai de todas as poesias,
Nascidas do amor,

Ou quem sabe da dor dos que amam,
Este dom divino de amar
Ou quem sabe sofrer
E viver de amar o amor*

(Ednar Andrade).

sábado, 9 de julho de 2011

Eu, nu




Eu vivo sempre na corda bamba,
Sou livre e escravo,
Nem pra frente, nem pra traz...
Estagnado nos meus vícios, que chamo de viver;

Às vezes bem dorido,
Às vezes pleno de coisas irreais,
Mas a verdade, às vezes dói; não me completa.
Porque não conheço o total;

Nunca fui inteiro
Talvez, jamais, seja.
Sou sempre mais que muitos....
Porque vomito sempre, a podridão que engolem...

Sou eu virado ao avesso,
Nunca apresentava "eu".
Porque eu,"na verdade ",
Choco, causo

"ALGO DIFÍCIL DE VER".
Sempre entre a vida e a morte
Sempre nu;
Nunca pronto pra festa.

(Andrey Jack).