sábado, 20 de fevereiro de 2010

Reflexão sobre o Tempo


Fotografia feita por Gabriel Patrik (Meu Neto) 

O tempo me traz,
De repente...
A verdade
Que há nas mentiras;
A face real do escondido;
O tempo pode ser um inimigo
Ou a Justiça sutil.
O tempo...
Anjo ou monstro;
Apenas existe
Sem que alguém conceda-lhe
O direito de existir ou não;
Monstro cruel ou espada justa?
Assim como se fosse Salomão
Com sua Justiça,
Separa para unir;
Une para separar.
O tempo...
Este que nos dá cabelos brancos
Mostra-nos maravilhas
No espanto;
Reduz o soberbo a pó;
Nivela, unifica, arrasta
Ou traz de volta.
O tempo...
Com asas transparentes
Caminha lado a lado
Com o seu alado:
O homem,
Tolo, distraído,
Não o vê chegar,
Fica esperando,
Como que para abrir um livro
Para a cara dele mostrar.
O tempo é fiel
E caminha contigo.
O tempo...
Ele fez de mim, avó;
Ele faz de mim, melhor;
Ele une ou desfaz o nó;
O tempo...
Só o tempo,
Pode te fazer homem;
Pode te tornar imortal;
Só o tempo...
Pode perpetuar o teu
Tempo.
É preciso ter tempo
Para poder buscar
No tempo
O bem do tempo.


(Ednar Andrade).

Canção para Júlia & Bruna (Minhas Netas)



Seus olhos iluminam minha Lua,
Seus abraços me fazem ficar,
Beijam meu beijo com tanto carinho:
Bitocas & Cheirinhos...
Como é bom, minhas meninas
Vos acalantar.
Do meu coração um pedaço maior,
Cheirinho de bebê no meu lençol
E cantigas que canto, quando estamos sós.
São chamas, saudades...
Meus dois anjinhos...
Sorrisos tão ternos...
Doces carinhos...
Mãozinhas pequenas
E gestos de santas.
Dois coraçõezinhos...
Sapecas, molecas,
Felizes, inocentes,
Amigas, companheiras, somos
Saltitantes, cantam...
Derramam sua graça
E enchem meu mundo...
Se choro, me calam,
Me fazem sonhar...
Me cobrem de amor
E eu me derramo
De ternura.
Anjos, candura...

(Ednar Andrade).

Resposta a um amigo


A natureza fala em silêncio... e só os sábios param para escutá-la (Ednar Andrade).
(Foto de propriedade do meu amigo Ismael).

Disse-me um amigo: - Se o silêncio é o suspiro da alma... Então, só os poetas sabem explicá-lo. Você... talvez?


Resposta ao amigo:

Olha amigo, cada silêncio tem uma linguagem toda especial...
Se for de dor ou de amor...
Ou ainda pode um silêncio falar coisas que o ouvido não escuta...
Mas ele também pode ser um grito que só o coração pode escutar;
O coração, de quem cala, entendes??
Pois, como te digo; o silêncio não é apenas vago, calado, sem som ou sem razão...
Nele pode está contido desde um poema até uma canção...
Precisamos é sabê-lo ouvir...
Qual é o teu silêncio??
Qual é a tua queixa?
Ou ainda a tua razão de silenciar??
Eu, por exemplo, sou feita de silêncios...
E dizem também que meu silêncio incomoda, quem me conhece sabe...
Mas, como já disse: "quanto mais calo mais falo*".
Concluindo amado amigo, para mim, ele, o silêncio, é a voz do coração*****.
Se for o silêncio da natureza, por exemplo, para mim é a voz de Deus*, do Criador...
Daquele que prefere fazer que falar.
Este silêncio da minha frase abaixo, refere-se ao olhar que tive diante de uma paisagem...
Ali olhei e vi como a natureza nos diz coisas lindas...
(A natureza fala em silêncio... e só os sábios param para escutá-la)
E é preciso buscar sabedoria para escutá-la e entendê-la e, assim, fazer dela a leitura*.
E se houver algum silêncio... Aproveites para ouvir o teu coração,
Que fala todas as verdades da tua alma, do teu ser e te entende em profundo silêncio
E te conhece como ninguém...
E te aceita e te ama e silencia para que tu ouças as suas batida
E fiques contigo no mesmo silêncio amigo e em silenciosa COMUNHÃO*****

(Ednar Andrade).