quinta-feira, 22 de setembro de 2011

A uma deusa



És realmente Deusa,
No corpo escultural de mulher.
Mas, não te disse
A qual credo pertences…
Não és católica,
Nem muçulmana,
Muito menos budista.
Pertences ao panteão grego,
Talvez maia
Ou quem sabe asteca,
Onde os deuses
E as deusas
Viviam entre os mortais,
Desfrutando das delícias,
Das experiências mundanas.
És minha Afrodite,
Minha Xochiquetzal,
Deusa, com certeza,
Deusa, mas sem templos,
Sem distanciamentos…
Ah não! Não suportaria
Só te adorar!
Deusa, para ser venerada,
Mas para ser amada,
Deusa do meu amor!
E do meu altar!
Deusa Ednar!

(Danclads Lins de Andrade).

Veneno



Ai, o amor...
Veneno que faz viver...
"Só os que morrem dele ,
Vivem".

Só os que bebem seu sabor, 
Sabem que não é tão  doce...
Só os que buscam sua luz, 
Sabem do seu escuro.

Só os que trilham seus caminhos,
Acham-se perdidos,
Desencontram-se perto,
Abraçam-se de longe...

Sorriem-se,
Sonham-se,
Querem-se,
Amantam-se dele.

Vivem... Matam,
Morrem... Matam-se
Acreditam-se (?)
Sonham...

Só os que dele tem sede,
Buscam, sorvem,
Fartam-se
Dos seus ais e uis... Ai,o amor...

(Ednar Andrade).
(22/09/20011).