quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Verbos




Tecendo alguns verbos,
Enquanto degusto a inquietude das mãos,
O desarrumado da caixa de linhas contém contas de vidro e de cristais...
Coloridas em todos os tons... Observo...

Eles desabam sobre ombros e olhares, desfiam, letras, fazem e desfazem...
São verbos, palavras sutis ou sisudas, sábias palavras ou vãs....
São linhas, são traços, são risos e tempo; verbos....
Em todos os tempos e lugares....

São templos...
Altares,
Precisos
Austero,
Vagares e divagar...

INFERNOS; CÉU NÃO.

Estão na minha, na tua boca,
Nos medos calados de cada olhar, são fatos, fotos, sorrisos e nada.
São verbos soltos, tontos, tantos ao vento e nau....
Na vida, na sorte, no leito, na morte.

INVERSOS,VERBOS...

Quem deles foge?
Quem deles só rir?
Com eles, tudo ou nada.
Sem eles...... (                )

(Ednar Andrade).