sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Sem medo da sorte, viver...



Presságios, magias, crenças; tudo num "caldeirão de fantasias e medos"... Dizem coisas bizarras. Passar por baixo da escada, não usar vermelho, e uma interminável lista de bobagens... Fazem-me crer que o homem precisa de medos para ter seus próprios freios.

"O homem inventa" e na incerteza do seu imaginário. "Precisa de refúgio para abrigar sonhos; precisa de fé para suportar a vida; precisa de tintas que pintem com fortes cores seus cinzas sonhos... Afinal "as fantasia são o pão da alma" e sem elas insuportável seria a arte de viver.

É vital crer em qualquer força, "ainda que no deserto a paz não tenha aparente calma", de que precisa para ser jornada leve... Hoje é uma sexta-feira treze e alguém com "sorte" ou "azar" é maldito ou abençoado... E daí? E se não fosse treze? Não seria só um acontecimento festejado ou uma tragédia habitual nas vidas, vida a fora? (...) Seguimos neste deserto, certos de que nada é tão palpável entre nervuras e deslizes caminhamos nos dias com passos inseguros de eternos bebês, mesmo e com cabelos brancos sempre buscando nas experiências aprender... Aprender com a natureza, com as crianças, com o mendigo cheio de desesperança a lição do dia, observar como grandioso é continuar e crer; crer em si mesmo também é salvação, é socorrer o medo, e ser herói no desalento que cerca e torna frágil o ser que somos. Certa manhã observei, por puro acaso, uma cena iluminada; "olhava com espanto... Que besouro é este?e lá ia ele subindo pela parede.

Faltava-lhe uma perna que, por certo perdera em um acidente ou numa briga? Ou quem sabe nascera assim; mas, resignado e insistente, seguia com a destreza do guerreiro, com a certeza do caminho, o vencedor seguia... Na direção do dia, entre pedras e espinhos, passava pela minha porta atravessava a janela em direção da rua, seguia o seu destino; a natureza nos ensina a “lição do dia".

 A qual me fez parar e muito refletir em como fugimos às vezes - e que são tantas - da luta por covardia ou medo de insistir. E uma bengala nos conduz mancos, por entre a caminhada do inesperado. Arrastamos-nos de encontro ao estranho brilho ou nebuloso amanhecer... (...) Que nos aguarda, e ninguém pode prever a sombra da sua sorte e partindo da tentativa da coragem preciso é olhar em direção ao horizonte. O passado serve para lembrarmo-nos de como somos vencedores de qualquer lira... Seguir é o tema desta canção, olhar de frente o assombro e fazer de qualquer dia treze um dia de investida na guerra do viver e com a vitória dos que lutam buscar fazer sua sorte.

(Ednar Andrade).