segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Eu, tu.


Um verso
De encontro
Ao sempre,
Enquanto durar
O sentir,
O amor,
O amar.
Eu, tu,
Todos, enfim.
Tudos.
Segredo, mágoa,
Abstração, sonhar,
Querer, quereres,
Amar, amares,
Sentir, sentires.
Depois, a noite.
Secreto medo,
Saudade, lampejo,
Vida em flor,
Amor, sempre.

(Ednar Andrade)
(27*02*2011).

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Hoje



Hoje chorei
E as minhas lágrimas
Serviram
Para regar
As flores
Da noite.
Hoje rasguei
Meu peito
E dele tirei
Versos e poemas;
Da minha dor;
Fiz novos temas;
Do meu sentir;
Novas razões.
Hoje, de tanto sofrer,
Vesti de negras nuvens
O meu céu claro.
Pintei de azuis
Tão severos
Meus vermelhos temas.
Um deles é o amor,
O amar, o querer.
Hoje, somente, hoje
Vi o vazio do tamanho
Infinito do espaço
E mergulhei
A alma
Numa infeliz ausência
De calma.
Hoje e... Somente, hoje
Desejei
Que a noite
Fosse dia.

(Ednar Andrade).
(27*02*2011).

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Amor: dança sem fim


É perdido todo o tempo que não se amou
Pois,
Se todo amor é perdição
Prefiro viver perdida...
Largada...
Consumida pelos amores  da minha vida...
Amores são amores... Assim sempre serão:
Amores, somam-se...
O amor é uma dança sem fim.
E mesmo que morra, nascerá em outra dança...
Re-nas-ce-rá.
Assim: dance... Enquanto durar a canção: amar..
Dance... E, nesta dança, esqueça tudo,
VIVA TUDO
Beba na boca do amor o sabor dos dez-sabores,
Ou sorva com total  engano,
Suas mescladas verdades ou mentiras...
Alimente-se deste  manjar ...
Que tantas vezes, oferece fel como deguste...
Nada esperes deste mórbido sentimento...
Ele veste-se de vida  e mata
Tem mãos suaves... E MAL-TRATA....
Tem dez-razões...
NENHUM MOTIVO
OK... OK...
Esta tudo bem... OK...
O amor não se discute...
ALGUÉM JA DISSE:
"Se ouvires seu chamado, siga-o" (Gibran Kalil Gibran)
(Ednar Andrade).
(25.02.2011). 

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

O amor


Devasta,
Arrasta,
Tortura,
Ou...
Mata.
Inunda...
Desnuda?
Transforma.
Muda...
Irreverente...
Inconseqüente...
Ardente
Como o fogo,
Quente...
O amor.

(Ednar Andrade)

Entre linhas



Entrelinhas...(?)(...,  : .)
Escorrem:
Amores,
Vidas,
Abraços, 
Sentimentos
E... Entre os dedos 
Sonhares e sonhos...
Versos, sem rimas, tristonhos...
Entrelinhas...
Estrela e estrelinhas,
Estrelar-Universo, risos e flores...
Ávida a vida segue e seguirá...
Sem que o relógio , "a pare," ampare...
Disparo, certeiro,  incerto tiro, disperso,  rio...
LARVA DE INVENTOS...
Contra tudo, contra o vento ...
Entre traços & trapos 
Entrelinhas(...)
Navega o barco... 
Bússola em total des-arrumos...
Descendo ou subindo,vai...
Vou,vamos .
Irei, ou quem sabe, iremos...
TODOS NÁUFRAGOS...
Felizes & Tolos.
ENTRE-ABERTOS 
Dispostos  contra o destino 
Nestes des-alinhos...Dias...
MUNDOS... Imundos,
Entre os sins e os nãos
Ser feliz a ter razão... Estendidas mãos...
Naus... Perdidas
Buscam...
Olhares que interrogam,
"Ouvidos" que falem...
Verdades que mintam...
MENTIROSAS  VERDADES.
Brinquedos de gente:
Esperança, fé , jogo de faz de conta.
MA-LA-BA-RIS-MO....
Cismo...
O QUE É?
Para que? Porque será???
Os relógios caminham sem pressa.
Dançando, vamos, aqui nesta festa...
Enquanto a canção durar...
Eu, tu, nós.
Até que tudo 
Estanque.

(Ednar Andrade).

sábado, 19 de fevereiro de 2011

A última estrela


Sempre haverá um Sol que nos desperte.
Mesmo, e ainda, que sejam tardias,
As auroras... As auroras...
Elas virão.
Nebulosas  ou cinzas, trarão  a  luz.
"Porque são manhãs."
E se renovam ...
Na boca  amarga , ficará  a memória da ultima alegria...
No olhar distante
A imagem que perdeu-se no horizonte...
No silêncio, um riso, um sonho...
Mas sempre, haverá
Um brilho na derradeira estrela
Haverá o segredo das rimas   ...
Um novo instante...
Aquele poema que, de tão guardado, é novo...
O sabor do beijo,
Aquele que ninguém esqueceu
Ou a saudade daquele que não aconteceu...
Uma doce e terna lembrança ,
A  felicidade esperada dos amantes,
Uma grande história de amor
Uma longa  espera,
Alguém que ficou  ou partiu em você...
E... Um Sol que   nos desperte .
E a estrela derradeira *
Sempre haverá.
 
(Ednar Andrade)
 
16*02*2011*

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Coisas do mato


Fiz uma fogueira.
Nela, para perfumar,
Coloquei côcos...
Hum...
Costume, ritual  para festejar a noite.
Coisa de quem mora no mato,
São coisas tão simples...
Perto da fogueira pus  uma cadeira
E ali fiquei... A pensar em tudo 
Que  tão poucos vêem e tão poucos têm...
Pus-me a olhar  a dança do fogo...
Fumaças como serpentinas
Roupas no varal... Valores sem preço
Vida de índio,
Sorri (...)
Os pirilampos  dançando na noite,
O belo... E este cheiro... Para mim... Felicidade...
As chamas feito bailarinas...
Perfumando o mato
Faíscas,
Fumaça,
Cheiro  de lenha...
Meu pensamento...
Noite, na escuridão vagueia
Cortina de  saudade...
Fim de tarde
QUIETUDE...
Cinzas...
...E
Chama...
Sentimento vivo.
FELIZ SOLIDÃO
Rede na varanda...
Fogo violão...

(10.02.2011).
(Ednar Andrade).