domingo, 27 de fevereiro de 2011

Hoje



Hoje chorei
E as minhas lágrimas
Serviram
Para regar
As flores
Da noite.
Hoje rasguei
Meu peito
E dele tirei
Versos e poemas;
Da minha dor;
Fiz novos temas;
Do meu sentir;
Novas razões.
Hoje, de tanto sofrer,
Vesti de negras nuvens
O meu céu claro.
Pintei de azuis
Tão severos
Meus vermelhos temas.
Um deles é o amor,
O amar, o querer.
Hoje, somente, hoje
Vi o vazio do tamanho
Infinito do espaço
E mergulhei
A alma
Numa infeliz ausência
De calma.
Hoje e... Somente, hoje
Desejei
Que a noite
Fosse dia.

(Ednar Andrade).
(27*02*2011).