terça-feira, 2 de agosto de 2011

Jaz



Os dias passam lentamente...
Na minha lente embaçada.

Neste muro de cal
Vejo a bandeira da interrogação
E a procissão dos mortos.

De vagar, caminham sombras
Tão lentamente que o que se move
Não tem vida.

Neste muro de cal, areia e sal.
De noite é dia, de manhã; ontem
E a tarde jaz.

(Ednar Andrade).