Os dias passam lentamente...
Na minha lente embaçada.
Neste muro de cal
Vejo a bandeira da interrogação
E a procissão dos mortos.
De vagar, caminham sombras
Tão lentamente que o que se move
Não tem vida.
Neste muro de cal, areia e sal.
De noite é dia, de manhã; ontem
E a tarde jaz.
(Ednar Andrade).
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