quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Poesia




Até parece sonho,

A verdade que componho...
Alma transparente,
“Pele nua”, traduz meus sentimentos
Sem nenhum pudor.
Como verso, pura quimera... Diriam...
... E a vontade de viver.
A rima é o contra-verso... E o re-verso.
Se é para falar, silencio...
Se é para rir, choro...
Se tiver saudades, canto...
Se vier o medo, sigo...
Sem olhar para os lados.
Meu pássaro alado,
Meu mais velho invento...
Assim sigo, segues
Como irmãos e filhos,
Mãe e pai do tempo,
Aprendizes, somos.
Vagos de incertezas;
Plenos desta prosa;
Pobres de ilusão.
Coragem,
Loucura,
(Coração de poeta),
“Corpo de mulher”,
Sentimento em universo.
(Solto dentro da prisão
Abstrata do amar...)
Parece sonhar o poeta,
Quando diz
A mais pura flor da verdade
Em seu sonho.
Esbarro, num caudaloso rio de mim
E, não me banho...
Meu leito vira rio
Para o deleite do espanto (...)
A minha melhor prece é a poesia,
Onde planto versos
E colho rimas.

(Ednar Andrade).