domingo, 12 de junho de 2011

São João


Era uma vez um rei, chamado Victorio, e uma rainha, chamada Clarice. Era noite de São João, tinha muita pamonha, milho, canjica, etc... Estavam todos da cidade no Palácio. Só estava faltando o príncipe João.

O rei e a rainha estavam desesperados pela não chegada do filho. O rei falou para os empregados do Palácio: levantem a fogueira. Da casa do Príncipe João dava para ver a fogueira e João falou: “Meu pai já deve estar me chamando; tenho que ir”.

O rei e a rainha, vendo a chegada do filho, ficaram muito felizes e a festa continuou e eles foram felizes para sempre.  

Agora, sempre em noite de São João, as pessoas fazem fogueiras

(Ana Júlia).

Poesia Matuta



Ocê foi chegano,
Ficano
E eu gostano,
Quereno,

S’apaixonano,
Amano.
Assim,
Fui esqueceno

De esquecê ocê.
E fui m’apaixonano,
Apaixonano...
M’esqueceno deu.

E ocê e eu
Fomo amano,
Ficano...
Sonhano...


Coração bateno,
Foguêra queimano...
A vida ficô linda
E nós amano...


Viva São João!!!!!

(Ednar Andrade).

Os apaixonados

    (Os Amantes, de René Magrite).

A noite chega como um deserto,
Trazendo sombras, muito mistério... E solidão
Com asas negras, aves noturnas,
Que voam livres n’amplidão.

Cantando, grilos fazem uma festa.
Nos ninhos, aves protegem os filhinhos.
É vasta a noite;
Negros os caminhos.

Tudo é silêncio em meu coração.
Me sinto calma? Ou a apatia já me confunde?
Muitos já dormem; outros, no vão da vida,  
Buscam o vão.
Bêbedos, loucos, pela cidade, caminham tristes e (dez)almados.

Mendigos, pobres, sentindo frio,
Nas sombras das noites, estão mergulhados
Enquanto outros rufam tambores.
Alguns até perdem amores.

Tudo é mistério no cemitério.
Beijam-se loucos, os apaixonados
Fazendo juras, tão enganados...
Mas... Tudo é noite, não está claro?

(Ednar Andrade).

(09.08.1981).