sábado, 27 de fevereiro de 2010

Chá


Fotografia criada para este texto.

Chá... Não cura tristeza;
Não cura dor, nem desamor...
Chá... apagaria apenas o reflexo
Tão pequenino desta dor.
Chá? Não é remédio; remédio é amor.
Amor que não tenho, amor dos que amo.
É tanta incompreensão, tanta saudade...
No meu peito só saudade.
Tanta saudade de um tempo
Em que o amor era o pão;
Em que o amor era só emoção.
Agora nada que vem de mim presta.
Sou apenas da porta a fresta
Que vê o amor.
E assim não sou nada,
Apenas uma deserta estrada
Que é mais importante que o amor que doei.
Não sou Fernando Sabino, mas se ele disse
Que de tudo restaram três coisas,
Sem querer plagiá-lo,
Eu digo, de tudo restaram três coisas:
A dor, a ingratidão e... a dor.


(Ednar Andrade).

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