quarta-feira, 14 de julho de 2010

Carta a Ismael.


Imagem pesquisada na web.
                                                                     
Mamael, a emoção neste instante faz no meu coração um poema e as lágrimas dizem para o meu teclado versos, versos molhados... Balbucio para o Criador uma prece de agradecimento, na qual digo da felicidade do teu carinho chegar aos meus olhos, já um tanto cansados de, por vezes, chorar... Cantar o amor, a natureza e tudo que o Criador nos deu de presente e que por cegueira do homem passa desapercebido a tantos, sem que ele se dê conta do perfume que há nas mãos do nosso Pai e que nos presenteia sem pesar ou medir...

Hoje, me surpreendes com esta homenagem tão sincera. Fiquei estática diante do e-mail que recebi de ti. Já sei que és meu leitor, mas não sabia que tinhas este olhar para esta tua amiga. Bom saber que assim me vês. Felicidade? Sinto. E repito: são necessárias as flores em vida, pois para que servem as flores para os olhos que não vêem ou para o nariz que já não sente o olor dos afetos...?

Dizes de mim de uma forma surpreendente que “tiro da singeleza das coisas, do barulho do silencio, das profundezas do nada, etc., a fonte de inspiração para saciar nossas almas”. Doces palavras tuas, afago em minha alma... Poema que brota do teu coração, bordado de sinceridade; base fundamentada em uma amizade transparente como os dias claros de verão. Aconchegante como uma doce tarde de inverno. Assim tem sido nossa amizade, com todas as estações que a vida permite: flores em época de Primavera e silêncios no Outono. Assim nos respeitamos e dizemos em silêncio textos cheios de saudade. Obrigada amigo, ainda que a distância geográfica nos mantenha distantes fisicamente, sempre estamos ligados em pensamento. Temos, pois, a nossa história e juntos já vivemos tantas alegrias e rimos tantos risos e abraços e afagos vindos do fundo da alma, sem intenção ou pretensão além do afeto. Até mesmo as lágrimas já compartilhamos, as tristezas também fazem parte das grandes amizades e cinge e põe à prova os verdadeiros amigos. E-mail recebido; emoção garantida. Posso afirmar que além de meu leitor és meu tradutor do meu sentir, do meu pensar.

Não poderia te negar o direito tão sagrado de dizer-te que esta é uma homenagem que não precisou ser póstuma e que faz jus àquela batida frase de "dar flores em vida", assim o fizeste nesta tarde. Obrigada pelas flores. Choro, mas se choro é porque o perfume das tuas flores chegou ao meu coração. Não consigo te dizer mais nada... Agora.

(Ednar Andrade).

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