quinta-feira, 15 de julho de 2010

Decifra-me



Não venha me falar de razão
Não me cobre lógica!
Não me peça coerência
Eu sou pura emoção!

Tenho razões e motivações próprias
Sou movido por paixão
Essa é minha religião e minha ciência!

Não meça meus sentimentos
Nem tente compará-los a nada
Deles sei eu
Eu e meus fantasmas
Eu e meus medos
Eu e minha alma

Sua incerteza me fere...
Mas não me mata!
Suas dúvidas me açoitam...
Mas não deixam cicatrizes!

Não me fale de nuvens...
Eu sou Sol e Lua!

Não conte as poças...
Eu sou mar... Profundo, intenso, passional!

Não exija prazos e datas
Eu sou eterno e atemporal

Não imponha condições
Eu sou absolutamente incondicional

Não espere explicações
Não as tenho, apenas aconteço
Sem hora, local ou ordem.

Vivo em cada molécula ou o todo e sou UNO.
Você não me vê, mas me sente

Estou tanto na sua solidão
Quanto no meu sorriso

Vive-se por mim
Morre-se por mim

Sobrevive-se sem mim
Eu sou começo e fim

E todo o meio!
Sou seu objetivo, sua razão

Que a razão ignora e desconhece
Tenho milhões de definições
Todas certas...
Todas imperfeitas...
Todas lógicas...

Apenas, em motivações pessoais!
Todas corretas...
Todas erradas!

Sou tudo...
Sem mim, tudo é nada.

Sou amanhecer...
Sou Fênix, renasço das cinzas

Sei quando tenho que morrer
Sei que sempre irei renascer

Mudo protagonista, nunca a história
Mudo de cenário, mas não de roteiro

Sou música...
Ecôo, reverbero, sacudo!

Sou fogo...
Queimo, destruo, incinero!

Ou sou água...
Afogo, inundo, invado!

Sou tempo...
Sem medidas, sem marcações!

Sou clima...
Proporcional a minha fase!

Sou vento...
Arrasto, balanço, carrego!

Sou furacão...
Destruo, devasto, arraso!

Mas sou tijolo...
Construo, recomeço!

Sou cada estação
No seu apogeu e glória!

Sou seu problema... e sua solução!
Sou seu veneno... e seu antídoto!
Sou sua memória... e seu esquecimento!
Eu sou seu reino...
Seu altar...
Seu trono...
Sou sua prisão...
Sou seu abandono...
Sou sua liberdade...
Sua luz...
Sua escuridão...
E seu desejo de ambas...
Velo seu sono...

Poderia continuar me descrevendo
Mas já te dei uma idéia do que sou!
Muito prazer!
Tenho vários nomes!
Mas aqui, na sua terra chamam-me... AMOR!


(Paula Campos).

Um comentário:

  1. Lindo poema, amei...
    É isso!!!!!!!
    É a renovação do nosso ar, oxigênio e os outros...
    Abraços
    Oreny Júnior

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