sexta-feira, 30 de julho de 2010

Hoje



Quero da noite o dia,
Quero da boca o beijo,
Da lucidez a loucura mais louca
Até que a fome desta paixão
Me deixe torpe
Que me confunda em delírio
E tudo desague num rio,
Que de mim, lave o prazer.
Quero o livre “negado”
Voar, voar, vida à fora.
Sem presente, sem passado,
Olhar pro simples mais lindo,
Prová-lo com um sabor raro,
Viver da morte deste morto,
Que eu celebre para sempre este velório,
Sentindo na cabeça o gosto que a língua desconhece,
Quero me entregar nua a tudo que sou carente.

(Ednar Andrade)*****.


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