sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Um cantar, um encanto



Navego neste teu pensar,
Assim como um barco pequenino...
...E nesta lira reflito-me e sonho*****
              "
Dizer-te belo é pouco, sussurro.

Então, digo-te: - Cem palavras minhas... E nada digo... Sem palavras...
Fico.
Fico debruçada em pensamentos e imagens, me vem socorrer o coração aflito.
Vou rezando em busca de socorro, implorando aos céus  o ar que perco e neste desatino permaneço, 
Enquanto morro... Há no céu um silêncio, e o silêncio se faz música no ar.
És assim como um desgosto que gosto de sonhar,
Uma praia deserta, um rio dentro do mar: (Iemayá Assessu)... Um encanto, um cantar,
-Quase lamento-
(Um mantra que louva um descontentamento...)
EM VÃO...
Um vagar no vento,
Um sorrir e querer chorar, escondido em meu olhar.
Mãos que buscam as palavras que invento, para a lira deste amar... Rimar...
Sonâmbula,
Torta, como uma velha árvore, quase descambo, tropeço no verso;
MARCADA.
Como um esquecido tronco no deserto envergo, plantado, balançando ao vento que passa,
Irreverente e barulhento; 
Não pára, para me olhar... É meu este distante mar, de mais ninguém...
SUPORTO O TEMPORAL,
Carrego nos ombros a vela desta embarcação,
Minha búsola, já enferruja ,
 ...E mesmo assim navego....
Sigo o  rumo ,
                           ''
.... Sou  o meu deserto o meu mar, o meu rio,
E rio...
Leito vazio.
O azul das águas ficaram turvas e confusas, uma realidade distante se faz porto
INSEGURO...
Aporto e sinto no rosto um frio que faz vacilar.
A hora é morta, rasgo as vestes,
Dispo-me e caminho...

(Ednar Andrade).

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