És um poema,
Que rezo,
Que gemo,
Que choro.
És belo;
És todos os versos,
Cantos e cantares
Da minh’alma frágil e poética.
És o que grito e calo.
Alegria, o riso,
A imprópria hora
Sem lugar, nem tempo.
És atalho, caminho,
Sossego e rima.
És o silêncio,
A noite a se derramar,
A chama, o fogo, o aroma
Mais puro que sei respirar.
És meu olhar
Sem calma, convulso.
És a barulhenta monotonia
D’alma minha;
És o verde do meu olhar
Já sem luz.
És a minha mão a tremular.
És o balanço da rede a divagar...
És a música preferida;
És o amor mais profundo,
O melhor lugar do mundo
Para minh’alma repousar.
Meu perpétuo querer
E viver para amar.
(Ednar Andrade).
(11*03*2011).
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