Tela de Teresa Robalo.
Invento versos,
Como se fosse poeta , pintando as letras
E dando asas, brinco de escrever,
Brinco de sentir saudades, de não chorar...
De não querer,
De não amar,
De esquecer...
Brinco de brincar:
"De não sofrer"...
Brincar com as flores ,
De infinitas cores e jeitos ,
Pálidas, violetas e rubras em versos de paixão
Invento alegria, ponho em teu lugar...
Ai... Também com as sombras e sons
Da lagoa em pranto e sussurros...
Invento no vento que vem me beijar,
Invento um canto triste e canto a lembrar,
Para não esquecer esta "tristeza "de amar
Invento um canto triste e canto a lembrar,
Para não esquecer esta "tristeza "de amar
Que mora em teu e no meu olhar,
Finjo crer nesta bobagem
Finjo crer nesta bobagem
Que queres que eu creia.
Faço cara de descaso para esta sen-hora...
Duvido daquela dúvida ,...
Mas, seco o rio
De tanto lavar o pranto.
Me banho... Não rio ...
Só, rio..., Rio... Quase mar...
Me escondo no verde ,
Sou camaleoa, rastejo sutil ,
Por entre as folhas Verdes
E sépias, caço..."disfarço",
Pinto de azul uma estrela,
*
E a mirá-la permaneço olhando o céu...
Assim... Tão distraída, quanto a fria noite...
E tudo faço, tudo desfaço
E permaneço, e silencio...
Interrogo o pássaro no seu calado ninho...
Ele como eu, não sabe por que ficou tão triste,
E perdeu-se no caminho.
Então, fazendo, do amor, o meu brinquedo,
Sigo-te amando ... E...
Desenhando versos...
Pinto de azul uma estrela,
*
E a mirá-la permaneço olhando o céu...
Assim... Tão distraída, quanto a fria noite...
E tudo faço, tudo desfaço
E permaneço, e silencio...
Interrogo o pássaro no seu calado ninho...
Ele como eu, não sabe por que ficou tão triste,
E perdeu-se no caminho.
Então, fazendo, do amor, o meu brinquedo,
Sigo-te amando ... E...
Desenhando versos...
(Ednar Andrade).
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