quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Quietude



As cores,
O verde,
As flores do chão,
As portas entreabertas
Que parecem me olhar.
A quietude de tudo,
A canção do vento, ouço.
O pó nas paredes,
Os pássaros, o ninho,
Agora é hora
De ir e ficar
No balanço das redes,
O sonho sonhado
De quem, nelas, dormiu.
Os cajus contam poemas e histórias.
Olho o sossego;
Ele me olha.
O mensageiro dos ventos
Dirige uma orquestra,
Homenageando o silêncio.
Aqui, quem chega, quer ficar;
Quem parte, quer voltar.
Minha casa branquinha
Com portas verdes
Cheias de esperanças.
Ilhota, janelas e portas
Por onde entra o Sol.

(Ednar Andrade).


Nenhum comentário:

Postar um comentário