domingo, 9 de setembro de 2012

Nenhum lugar



É nato em mim
Este desejo de amar,
De ser somente,
Apenas, sem nada
Perguntar, pedir ou querer.

É como um caudaloso rio
Que desce e se espalha
Por entre tudo e todos.
É como a chama e o fogo
Que consomem e tudo queimam,

É como um vago que não habito
E estou.
É como um riso que choro
E dou.
É como a quietude...

Que acolhe e faz pensar.
É como a guerra
Que mata e faz recomeçar.
Há em mim uma estrada
De abismos natos

Entre espinhos, flores e abstratos.
Uma seta que me leva
A nenhum lugar
E volto somente
Para te encontrar.

(Ednar Andrade).  

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