sábado, 24 de outubro de 2009

(...)


O amor dorme/
No leito de um rio que corre dentro da alma de quem cala/
(...)
Vagueia ...e delirante nos ofusca/
Diz que não ama, mente/
Faz com que as nervuras das águas molhem corações/
Mente...minto, mentes.../
Mas calma , apenas sinto/
O amor desperta/
Quando o sol da vida encontra uma fresta/
Invade irreverente/
Ele apenas chega/
Assim chega as vezes sutil/
te pega , te deixa/
Abre ou fecha a porta/
Mas é o amor/
Nada a mais importa/
Quando ele chega * (Ednar Andrade)

Um comentário:

  1. Ah! o amor... Este sentimento que norteia as ações humanas é, mais uma vez, tema poético na pena sensível de Ednar Andrade.

    É ele imanente a cada ser humano, pois segundo a poetisa: "O amor dorme no leito de um rio que corre dentro da alma de quem cala (...)", bastando apenas uma fresta para faze-se revelar. Ah! mas para chegar a esta fresta e o fazer-se revelar, como diria Neruda: "que solidão errante até tua companhia"...

    É ele que une as pessoas, fortalece os elos, diminui as distâncias, rompe obstáculos... O amor é, como diria Augusto dos Anjos: "(...)uma potência enorme que vela sobre os homens (...)".

    Enfim, como diz a poetisa, é o amor e "nada mais importa/ quando ele chega"

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