De Mendeleev
A Shakespeare
Todos contorciam-se
Na fogueira.
Era uma fogueira santa, sábia.
Queimavam números,
Ardiam personagens.
Uma dança de fumaça e pó.
As labaredas comiam os cálculos,
Os versos, as rimas, sem que nada
Ou ninguém pudesse salvá-los da sorte.
Da biblioteca ao fogo,
Da estante aos destroços,
Migraram, como o homem,
Para o seu instante letal.
A Shakespeare
Todos contorciam-se
Na fogueira.
Era uma fogueira santa, sábia.
Queimavam números,
Ardiam personagens.
Uma dança de fumaça e pó.
As labaredas comiam os cálculos,
Os versos, as rimas, sem que nada
Ou ninguém pudesse salvá-los da sorte.
Da biblioteca ao fogo,
Da estante aos destroços,
Migraram, como o homem,
Para o seu instante letal.
(Ednar Andrade).
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